Modelos de
avaliação dos Sistemas Educativos
Na sociedade
atual, a avaliação do desempenho docente é um assunto que está na ordem do dia
e tem suscitado acesos debates sobre a sua importância e critérios a utilizar.
No entanto, é consensual que a avaliação do desempenho docente contribuirá para
o sucesso escolar dos alunos. Os resultados alarmantes do PISA 2000, deram azo
a que a Comissão Europeia e os Ministérios da Educação dos Estados Membros se
preocupassem em definir uma estratégia concertada que permitisse responder ao
fenómeno da globalização, melhorar os resultados dos aprendentes e o seu
sucesso escolar. A implementação de medidas comuns, consubstanciou-se na
Estratégia de Lisboa.
De acordo com Roggero (2002) “Combinando, de um lado, a análise das formas institucionais e os procedimentos utilizados e, de outro, as representações que fundamentam essas políticas ou modelos de avaliação, é possível definir três grandes modelos de avaliação: o inglês, o francês e o finlandês” (p. 31). Assim, o modelo de avaliação inglês corresponde a um sistema educativo muito descentralizado no qual a concorrência entre estabelecimentos é encorajada pela livre escolha dos pais. No modelo francês, a avaliação do sistema educativo é, geralmente, de natureza qualitativa e realiza-se no Ministério da Educação nacional, que está encarregado de duas estruturas: as inspeções e a administração da educação nacional: a primeira assegura a avaliação profissional dos professores e das formações e a segunda avalia os estabelecimentos escolares e o funcionamento administrativo do Ministério.
No que concerne ao modelo de avaliação finlandês, tem-se em linha de conta os valores da comunidade educativa, o conhecimento de seus recursos próprios e as expectativas dos atores exteriores à escola. Os estabelecimentos gozam de uma forte autonomia que é acompanhada pela avaliação externa. Além disso, é integrado um conjunto de indicadores que diz respeito à eficácia funcional do estabelecimento, à sua responsabilidade financeira e aos resultados escolares e culturais obtidos. As formas de autoavaliação dos estabelecimentos são também usadas no quadro das avaliações externas realizadas tanto pelas coletividades regionais e locais quanto pelas autoridades nacionais.
No entanto, cada sociedade tem o seu sistema educativo, o que leva Durkheim a afirmar que “(…) existem tantos sistemas de educação quanto de sociedades” (Roggero, 2002, p. 32). Esta ideia é ainda reforçada por este autor ao sustentar que “Esses três exemplos - o inglês, o francês e o finlandês - não bastariam para representar a totalidade dos sistemas de avaliação da União Europeia” (idem, p. 37). Por conseguinte, cada sistema educativo deverá dar resposta à sociedade onde está inserido, atualizando-se e auto regulando-se. Nesta perspetiva, Ramos (n.d., p. 2) salienta que “No plano da investigação científica em Educação, a literatura distingue cinco traços de modernização dos sistemas educativos que sublinham a importância do desempenho profissional dos professores e da eficácia do ensino.
1. A emergência de uma cultura de desempenho e a perceção de que é preciso medir a eficácia dos profissionais de ensino para estabelecer comparações (Carley 1988);
2. A tendência para aumentar os mecanismos de prestação de contas e a perceção da necessidade de ter informação que possa ser dada aos parceiros (pais, autoridades locais, interesses culturais e económicos) sobre a eficácia individual e organizacional (Norris 1988; Power 1999; Whitty et al. 1998);
3. O desenvolvimento das escolas como organizações aprendentes, o qual assenta na utilização inteligente de um conjunto de informações sobre o desempenho dos alunos, da escola e dos professores para melhorar a qualidade educativa oferecida e a dos resultados das aprendizagens dos alunos (MacBeath et al. 2002);
4. A crença no desenvolvimento profissional contínuo e na aprendizagem ao longo da vida para melhorar a eficácia dos professores (Fullan 1999);
5. A preocupação com a eficácia educativa, relativamente à equidade social e educativa (Slee et al 1998; Weiner 2002).”
De facto, a aprendizagem ao longo da vida e a formação profissional dos docentes possibilitarão a melhoria da eficácia do ensino, o sucesso escolar dos alunos e a redução do absentismo e abandono escolares.
De acordo com Roggero (2002) “Combinando, de um lado, a análise das formas institucionais e os procedimentos utilizados e, de outro, as representações que fundamentam essas políticas ou modelos de avaliação, é possível definir três grandes modelos de avaliação: o inglês, o francês e o finlandês” (p. 31). Assim, o modelo de avaliação inglês corresponde a um sistema educativo muito descentralizado no qual a concorrência entre estabelecimentos é encorajada pela livre escolha dos pais. No modelo francês, a avaliação do sistema educativo é, geralmente, de natureza qualitativa e realiza-se no Ministério da Educação nacional, que está encarregado de duas estruturas: as inspeções e a administração da educação nacional: a primeira assegura a avaliação profissional dos professores e das formações e a segunda avalia os estabelecimentos escolares e o funcionamento administrativo do Ministério.
No que concerne ao modelo de avaliação finlandês, tem-se em linha de conta os valores da comunidade educativa, o conhecimento de seus recursos próprios e as expectativas dos atores exteriores à escola. Os estabelecimentos gozam de uma forte autonomia que é acompanhada pela avaliação externa. Além disso, é integrado um conjunto de indicadores que diz respeito à eficácia funcional do estabelecimento, à sua responsabilidade financeira e aos resultados escolares e culturais obtidos. As formas de autoavaliação dos estabelecimentos são também usadas no quadro das avaliações externas realizadas tanto pelas coletividades regionais e locais quanto pelas autoridades nacionais.
No entanto, cada sociedade tem o seu sistema educativo, o que leva Durkheim a afirmar que “(…) existem tantos sistemas de educação quanto de sociedades” (Roggero, 2002, p. 32). Esta ideia é ainda reforçada por este autor ao sustentar que “Esses três exemplos - o inglês, o francês e o finlandês - não bastariam para representar a totalidade dos sistemas de avaliação da União Europeia” (idem, p. 37). Por conseguinte, cada sistema educativo deverá dar resposta à sociedade onde está inserido, atualizando-se e auto regulando-se. Nesta perspetiva, Ramos (n.d., p. 2) salienta que “No plano da investigação científica em Educação, a literatura distingue cinco traços de modernização dos sistemas educativos que sublinham a importância do desempenho profissional dos professores e da eficácia do ensino.
1. A emergência de uma cultura de desempenho e a perceção de que é preciso medir a eficácia dos profissionais de ensino para estabelecer comparações (Carley 1988);
2. A tendência para aumentar os mecanismos de prestação de contas e a perceção da necessidade de ter informação que possa ser dada aos parceiros (pais, autoridades locais, interesses culturais e económicos) sobre a eficácia individual e organizacional (Norris 1988; Power 1999; Whitty et al. 1998);
3. O desenvolvimento das escolas como organizações aprendentes, o qual assenta na utilização inteligente de um conjunto de informações sobre o desempenho dos alunos, da escola e dos professores para melhorar a qualidade educativa oferecida e a dos resultados das aprendizagens dos alunos (MacBeath et al. 2002);
4. A crença no desenvolvimento profissional contínuo e na aprendizagem ao longo da vida para melhorar a eficácia dos professores (Fullan 1999);
5. A preocupação com a eficácia educativa, relativamente à equidade social e educativa (Slee et al 1998; Weiner 2002).”
De facto, a aprendizagem ao longo da vida e a formação profissional dos docentes possibilitarão a melhoria da eficácia do ensino, o sucesso escolar dos alunos e a redução do absentismo e abandono escolares.
De acordo a EURYDICE (2009) “Em 2006-2007, o
número de jovens entre os 0 e os 29 anos de idade totalizava 34,9 % da
população (3 695 864) e 31,1 % estavam inscritos no ensino obrigatório (1 149
394). A única língua de instrução é o Português” (p. 1). Por conseguinte,
quase um terço da população portuguesa frequentava o ensino obrigatório o que
nos leva a salientar a importância da Educação no desenvolvimento holístico de
um país. Assim, há que dar as competências e conhecimentos a todas as gerações
para que a sociedade responda às grandes mutações que decorrem do processo da
globalização. Neste âmbito, Clímaco (2005) sustenta que “para a sobrevivência das novas sociedades, tornou-se indispensável
rever os modelos de educação das novas gerações, nomeadamente no que se refere
ao tipo de competências, destrezas e conhecimentos a promover através dos
currículos escolares, de modo a prepará-las quer para novos tipos de
aprendizagem, quer para a sua integração no mundo do trabalho, ou para se
ajustarem à própria instabilidade do mercado de trabalho” (p. 148).
Quanto às
estratégias da política educativa, segundo a EURYDICE (2009) “O principal desafio estratégico inerente às
prioridades da política educativa consiste em melhorar o nível de qualificações
e de competências da população portuguesa. Tais prioridades podem ser encontradas
no referencial definido pela Estratégia de Lisboa, no qual se reconhece o papel
insubstituível da educação e da formação no desenvolvimento económico e
tecnológico, na coesão social, realização pessoal e cidadania ativa” (p.
9). Estas medidas têm sido implementadas para qualificar as escolas, melhorar a
sua gestão e organização e contribuir para reduzir os elevados níveis de
insucesso e abandono escolares. Simultaneamente, fez-se a revisão das
qualificações dos docentes, aproveitando a oportunidade criada pelo Processo de
Bolonha e conferiu-se uma maior autonomia às escolas, fenómeno este que se
associou à importância da criação de uma cultura de avaliação em todos os
aspetos do sistema educativo. Ainda de acordo com a EURYDICE “(…) estão a ser desenvolvidos instrumentos
de avaliação de escolas, professores, manuais escolares e currículos, visando
melhorar a qualidade do ensino e da aprendizagem segundo critérios de elevada
exigência e rigor” (p. 10). Neste pressuposto, Clímaco (2005) salienta que
avaliar uma escola “(…) significa saber
em que medida os alunos, e as suas necessidades de aprendizagem vêm em primeiro
lugar nas prioridades da escola e dos seus agentes, e em que medida a escola é
um centro de aprendizagem e de desenvolvimento pessoal e profissional, para
crianças, jovens e adultos” (p. 216). Assim, constata-se a necessidade da
resolução das questões educativas passar por uma articulação coerente e
holística, atendendo a que tem implicações em vários domínios da sociedade. Mas
será que as reformas têm sido nesse sentido? Neste âmbito, Fullan (1999, citado
por Ramos, n.d., p. 2) sustenta que “ (…)
uma das mais significativas que pode ajudar a explicar este insucesso deve-se
ao carácter fragmentário da maior parte das reformas que têm sido
implementadas, o que acontece quando se desenvolve uma reforma sem cuidar de
articular os esforços e sem acompanhar e monitorizar os desempenhos.” Ramos
(n.d.) salienta ainda que “Quando os
esforços de uma reforma estão desligados de um acompanhamento e avaliação, não
existe nenhum caminho para medir o sucesso. Esta desconexão abre caminho para o
insucesso” (idem).
No que concerne
às tendências e estratégias da avaliação, de acordo com Ramos (n.d., p. 3) a
prática mostra que a avaliação dos professores se constrói em torno de dois
polos: a responsabilização e prestação de contas e o desenvolvimento
profissional. Países há que procuram o equilíbrio entre estas duas dimensões. Deste
modo, Fullan (1999, citado por Ramos, n.d., p. 4) sustenta que “não se pode ter uma sem a outra. Para
atingir os objetivos pessoais e profissionais, os indivíduos precisam da
instituição, da escola. Para atingir os objetivos organizacionais a instituição
precisa do indivíduo”. Neste pressuposto há que equilibrar tensões e gerar
sinergias, concebendo a avaliação num processo contínuo de modo a servir melhor
os alunos e a comunidade.
Em Portugal, no
que diz respeito à avaliação do desempenho dos professores, Ramos (n.d.) frisa
que passámos de uma avaliação puramente administrativa para uma avaliação que
se centra “(…) num objetivo de natureza
pedagógica e num conceito estratégico de desenvolvimento da qualidade: o de
promover a eficácia da docência e das aprendizagens” (p. 6). Neste âmbito,
o professor é avaliado pelos resultados que mostrar ter atingido nos objetivos
que se propôs atingir ao longo de dois anos. Ainda estamos a fazer o caminho no
domínio da avaliação do desempenho docente. Deste modo, é preciso fomentar os
aspetos positivos do processo de avaliação e permitir que o mesmo decorra e se
implemente em espaços de diálogo, concertação e confiança entre todos os
intervenientes. Neste pressuposto, Ramos (n.d.) sustenta que “Em meu entender, precisamos de criar esta
consciência dos aspetos positivos da avaliação, isto é, precisamos de procurar
criar contextos para que ela aconteça, não por efeito de um diploma legal, mas
porque se entende que é necessária e que traz benefícios, gerando para o efeito
um clima de confiança e abandonando preconceitos e medos” (p. 7). Se se
cultivar a ideia da qualidade máxima no desempenho docente toda a sociedade
ficará beneficiada. Assim, para que os direitos dos alunos sejam assegurados e
a qualidade do ensino seja uma realidade para todos, a Inspeção de Educação
desenvolve ações nas escolas para verificar se as instituições estão a cumprir
a missão que lhes foi confiada. Neste âmbito, Clímaco (2005) refere que “A avaliação desenvolvida pelas Inspeções, na
maior parte dos casos, assume-se como uma modalidade de avaliação externa das
escolas, consideradas na sua globalidade, e tem incidido, predominantemente,
sobre a análise e apreciação do currículo, as ofertas educativas e a
organização das aprendizagens dos alunos, os apoios educativos, o clima, a
gestão ou o uso dos recursos e a autoavaliação da escola” (p. 216). Corroborando
esta ideia, o documento da Inspeção Geral de Educação – Avaliação Externa das
Escolas (2011) refere que “Não se
pretendeu efetuar um estudo do impacto da avaliação externa, mas sim uma
apreciação geral no que respeita à autoavaliação e aos seus efeitos imediatos
na prestação do serviço educativo, designadamente através da adoção de planos
de melhoria” (p. 61). Deste modo, as escolas contam com uma opinião externa
e imparcial sobre o seu funcionamento e sobre os aspetos que necessitam de
reajustamentos. Na minha opinião, é muito positivo podermos beneficiar deste
olhar externo sobre o nosso funcionamento enquanto escola.
No que concerne
à autoavaliação das escolas, Simões (2007) salienta que “Os dilemas da descentralização e da autonomia, em tensão com os
desafios da comunidade europeia e da globalização, levarão ao desenhar de um
paradigma de governança em todos os níveis de decisão política” (p. 40). A
governança é definida por Jessop (2003, p. 1, citado por Simões, 2007, p. 40)
como a “arte complexa de conduzir
múltiplas agências, instituições e sistemas, que são simultaneamente autónomos
uns dos outros e estruturalmente agregados através de diversas formas de
interdependência.” Esta governança exige que “os parceiros sociais se comprometam com uma auto regulação da conduta,
em nome de um projeto social”, funcionando o Estado como um parceiro entre
outros, legitimando‑se na sua
capacidade de “persuasão moral” e de “mediação da inteligência coletiva” (Jessop, 2003, pp. 12‑13, tal como citado em Simões, 2007, p. 40). Neste
âmbito, Rufino (2007) sustenta que “(…) a
autoavaliação das escolas enquanto instrumento de regulação pública é tida como
a expressão de referenciais de conhecimento que induzem novas modalidades de
governança” (p. 32). Por conseguinte, a autoavaliação das escolas tem
repercussões positivas na gestão da qualidade da Educação que se presta às
comunidades e permite que a escola se auto regule e assuma como uma instituição
reflexiva, eficaz, eficiente e de qualidade.
Poderíamos ainda
falar da meta avaliação (avaliação da autoavaliação), que é definida por Sici
(2003, citada por Clímaco, 2005, p. 222) como “a avaliação da eficácia do próprio processo da autoavaliação, bem como
da qualidade dos apoios externos que a sustentam”. Nesta linha de
pensamento Simões (2007), salienta que “A
“cultura de avaliação” pode assim ser entendida como um processo intrínseco de
construção, e não como uma condição ou uma finalidade da avaliação” (p. 45).
Em suma,
pretende-se que a avaliação do desempenho dos docentes, a avaliação externa e a
autoavaliação (avaliação interna) das escolas sejam estratégias geradoras de
sucesso escolar para os alunos e mobilizadoras da construção de um espaço de
educação europeu de qualidade, onde todos os cidadãos sejam tratados com
equidade, tenham a oportunidade de formar-se e intervir na edificação do devir
societal.
Referências bibliográficas:
Clímaco, Maria do
Carmo (2005). Avaliação de Sistemas em
Educação. Lisboa: Universidade Aberta.
EURYDICE (2009).
Fichas síntese nacionais sobre os Sistemas Educativos na Europa e reformas em
curso (Portugal - Junho 2009). Brussels: Education Audiovisual & Culture
Executive Agency. (Recurso disponibilizado no espaço da Unidade Curricular)
Inspeção Geral de Educação – Avaliação Externa das Escolas (2011). Recuperado em 10 de junho de 2012, de: http://www.ige.min-edu.pt/upload/Relatorios/AEE_Relatorio_2009-2010.pdf
Ramos, Conceição Castro (n.d.). Novos caminhos de avaliação de professores: tendências e estratégias. (Recurso disponibilizado no espaço da Unidade Curricular
Inspeção Geral de Educação – Avaliação Externa das Escolas (2011). Recuperado em 10 de junho de 2012, de: http://www.ige.min-edu.pt/upload/Relatorios/AEE_Relatorio_2009-2010.pdf
Ramos, Conceição Castro (n.d.). Novos caminhos de avaliação de professores: tendências e estratégias. (Recurso disponibilizado no espaço da Unidade Curricular
Roggero, Pascal
(2002). Avaliação dos sistemas educativos nos países da União Europeia: de uma
necessidade problemática a uma prática complexa desejável. EccoS revista
científica, dezembro, año/vol. 4, número 002, Centro Universitario Nove de
Julho, São Paulo, Brasil, pp. 31-46. Recuperado em 10 de junho de 2012, de: http://redalyc.uaemex.mx/pdf/715/71540203.pdf
Rufino, César (2007). Avaliação interna das escolas e circulação de políticas públicas num espaço educacional europeu, in Sísifo. Revista de Ciências da Educação, 04, pp. 29-38. (Recurso disponibilizado no espaço da Unidade Curricular)
Simões, Graça Maria Jegundo (2007). A Auto‑avaliação das escolas e a regulação da acção pública em educação, in Sisifo / Revista de Ciências da Educação, n.º 4, out./ dez. 2007. Recuperado em 10 de junho de 2012, de: http://sisifo.fpce.ul.pt/?r=13&p=39
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